Muitas pessoas compram ou adotam animais de estimação e acreditam que os cuidados com o eles se resumem apenas à alimentação e ao banho. No entanto, existe um ponto que é fundamental para garantir a saúde do animal e da família: a vacinação. Os animais necessitam das vacinas para terem uma vida longa e saudável. Um filhote não vacinado conta com uma grande possibilidade de não atingir a idade adulta, vítima de uma doença infecciosa. Já os adultos estão sujeitos a adoecerem a qualquer momento quando não vacinados. A vacina tem um efeito preventivo que demora cerca de 12 dias a atingir um nível adequado.
Qualquer animal que encontre na rua pode não estar vacinado, e o facto de o seu animal não sair de casa não impede que ele contraia uma doença. As pessoas também podem inadvertidamente ser portadoras de doenças transmissíveis aos animais.
Os seres humanos necessitam ser protegidos das doenças ditas zoonoses, ou seja, daquelas doenças que são transmitidas do animal para o homem. Dentro das zoonoses podemos destacar a Raiva e a Leptospirose. Um animal que não está devidamente imunizado pode adquirir uma zoonose e transmiti-la a toda a família.
A vacina é da responsabilidade única do Médico Veterinário, não podendo ser aplicada por outra pessoa, pois somente o Médico Veterinário está apto a examinar o animal e saber se este está livre de qualquer enfermidade que possa prejudicar a imunização.
Não existe um programa único de imunização para todos os animais de estimação, pois o Médica Veterinário pode determinar o período mais propício para o animal, podendo variar, inclusive, entre machos e fêmeas. Porém, desde o início da vida, os animais devem receber doses de vacinas para evitar doenças. De acordo com várias especialistas médicos de cães e gato, os filhotes devem receber a primeira dose de vacinação com no mínimo 45 dias de vida e no máximo 60 dias, isto se o filhote teve contato com o leite da mãe (como nos seres humanos este também ajuda a fortalecer o bebé). Caso contrário, a imunização pode ocorrer após 30 dias do nascimento, mas cada caso deve ser analisado por um profissional.
Nos cães, a primeira vacina a ser aplicada é conhecida como óctupla (vacina V8), pois previne oito tipos de doenças: cinomose, hepatite infecciosa, parainfluenza, parvovirose, coronavirose e dois agentes da leptospirose. Além disso, o mesmo vírus que protege contra hepatite também combate a tosse dos canis (conhecida como gripe canina).
No caso dos gatos a vacina é conhecida por quádrupla e combate a rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose e panleukopenia. Todas estas doenças são infecciosas e graves. Depois da primeira dose, as vacinas devem ser reforçadas para garantir a eficácia. São três doses no total, que devem ocorrer com um intervalo de 30 dias.
Após o processo inicial, a imunização deve ser refeita uma vez ao ano. É necessário ter em conta que os animais de estimação só devem ser vacinados após serem desparasitados e não devem ser vacinados caso estejam doentes.
Outro animal que ganhou espaço no mercado é o furão. Eles também podem transmitir raiva e outras doenças, devendo receber anualmente a vacinas antirrábica e contra cinomose.
Outra vacina bastante popular é a vacina antirrábica. Esta previne a raiva (doença infecciosa que se transmite também aos seres humanos e que pode matar). Esta deve ser dada aos 4 meses de idade. Depois da primeira dose, a vacina deve ser reforçada uma vez por ano.
Reacções adversas às vacinas:
Alguns animais podem sentir reações após tomar as vacinas. Mas o que fazer nesses casos? Cada animal apresentar um sintoma diferente e por isso devem ser observados após o procedimento. Nos cães, as picadas podem gerar inchaços na face, na língua e até comichão, mas essas reações são passageiras. Portanto, se o animal continuar com um comportamento estranho após 12 horas da aplicação da vacina, o dono deve procurar o veterinário. Outro ponto importante é sempre guardar a carteirinha de vacinação. Desta forma, o Médico Veterinário saberá sempre que vacinas foram aplicadas (já que existem diversas marcas no mercado) e as medidas para minimizar as reações podem ser adotadas. Nos gatos, as reações são mais raras pois, são animais mais resistentes e dificilmente têm efeitos colaterais, mas mesmo assim, o animal também deve ser observado.
Doença
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Vacina
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Prevenção da influenza equina e do tétano
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FLUVACR-T
Antitoxina tetânica – TETAGUR R
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Prevenção da pneumonia dos cordeiros
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BEDSA-VAC
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Prevenção da gripe porcina
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GRIPORK
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Prevenção da doença vírica hemorrágica do coelho
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CYLAP HVD
ARVILAP
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Prevenção da raiva (cães)
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DOG-VAC RABIA
VACINA ANTI-RÁBICA
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Prevenção da esgana, traqueobronquite,
Hepatite infecciosa
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CANIVACINA H.E.L. R
DURAMUNE – 3 / DURAMUNE – 6
DOHYVAC VII R
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Prevenção e controlo, em gado bovino saudável da Rinotraqueíte infecciosa bovina, vírus da diarreia vírica bovina
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TRIANGLE-4+PM-K
TRIANGLE-9
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Bibliografia:
Saiba quais são as vacinas fundamentais para cães e gatos, [Internet]. Consultado em: 12-11-2012. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAES8AI/farmacologia-dos-principais-antiparasitarios
A IMPORTÂCIA DA VACINAÇÃO, [Internet]. Consultado em: 12-11-2012. Disponível em: http://www.redevet.com.br/assuntos/vacina.htm
A vacinação- Para quê, [Internet]. Consultado em: 12-11-2012. Disponível em: http://www.hospvetprincipal.pt/vacinar.htm
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